terça-feira, 12 de janeiro de 2010

« a chegada e a partida, a subida e a descida, o princípio e o fim. pois a vida é assim, uma escada sem fim. »


hoje vou contar uma história. não uma história qualquer, uma história que começou e que não consegue ter o fim. pelo menos o fim desejado; um felizes para sempre..

« sempre pensei que não era forte o suficiente para lutar. sempre soube que procurava uma situação estável mas que me aborrecia mal a encontrava. sempre achei que o caminho mais fácil era desistir perante as dificuldades e nunca sequer tentei que fosse o contrário. mas, contigo tudo foi diferente. '' Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem na quis ficar ao nosso lado. '' . no ínicio era como se tudo fosse citado a partir dos meus sonhos, do meu coração. mas, de repente, tudo mudou e o destino parecia cada vez ouvir mais a voz muda dos meus pesadelos. o teu primeiro olá soou a perfeição e o arrepio que me percorreu o corpo demonstrou claramente tudo o que eu começava a sentir. não sei se poderei chamar-lhe amor, porque sinceramente ainda não consegui perceber o que ele é, mas se não era amor era algo muito próximo disso. todas as nossas conversas, promessas e sentimentos travados fizeram-me fortalecer o que pensava ser uma relação estável e que no fundo pensei poder vir a ser realmente uma. mas apercebi-me, com o passar do tempo, que nem todas as promessas são cumpridas e nem sempre os sentimentos permanecem (pelo menos do TEU lado). tudo o que sempre pensei ter conquistado fugiu-me por entre os dedos e sem eu sequer dar por isso. tu disseste que não valia a pena, não dava mais. então, eu segui o meu caminho sem ti ao meu lado. subi mais um degrau, da nossa escada de cores e tentei 'enfiar' na minha cabeça o máximo de informação que consegui. tentei no fundo esconder-te no fundo do meu coração, fingindo que algo ou alguém era mais importante. mas não dava. tu ressaltavas; voltavas ao de cima com uma força que ninguém antes conseguiu descrever. e assim descia mais um degrau, voltando-o a subir no simples momento em que as nossas palavras se tornavam agressivas e os maus hábitos voltavam. '' tentei seguir novas passadas mas, de cada vez que isso acontece, julgo ouvir o eco dos teus passos atrás de mim. seguir em frente ou voltar-me para trás? Aquele desejo de ver se és mesmo tu, torna quase impossível continuar a andar. '' . amar sem esperar reciprocidade é uma doença silenciosa e traiçoeira: quando damos por isso já se espalhou de tal forma que não é possivel escapar; a raiva e a frustação misturam-se com lágrimas parvas e silenciosas. queria chamar-te à razão, meter-te na ordem, gritar ao mundo as injustiças que me inflingias.. mas ninguem me via a chorar. no entanto, tu sabias o quanto eu sofria, sempre soubeste. e mesmo assim, não consigo subir para o próximo degrau. porque é fácil pensar desta forma, mas o díficil é o querer, o acreditar. o díficil é por realmente isso em prática. e se isso não resultar, o que me resta mesmo é lutar. e para isso é preciso por tudo em prática: praticar o discurso uma ou duas vezes (ou três se não for demais), por mãos à obra e começar a trabalhar, a avançar. demonstrar tudo o que somos capazes e, no final, podermos ter o nosso desejado final: um final feliz. »

ines filipa ,